O Mundo Lego tem o orgulho/honra de dar a conhecer ao mundo Denny Blazin Hazen, o “Average Homeboy“, esse pioneiro do Rap feito em casa, sobre coisas banais como cortar a relva e lavar o carro. Muito antes do “laptop rap” de MC Lars, o hiphop já foi campo de batalha para a afirmação a pulso de artistas como este branco dos subúrbios com muito que dizer.
Numa altura em que não havia Internet ao alcance das massas, o pessoal tinha de arranjar maneiras diferentes de divulgar o seu dia-a-dia desinteressante, ao invés de publicar tudo em blogs que apenas são lidos por amigos infelizes que não podem sair de casa depois das 18h.
Neste primeiro vídeo Denny expõe inicialmente as suas ideias. Aproveita ainda para se desculpar da qualidade da gravação/musical/vocal não ser a melhor, ou seja o resto da gravação apresenta o então futuro artista a tentar convencer o espectador de assistir ao vídeo que aparentemente não é bom. E o que na altura não passava de um crappy betamax, portou-se como o vinho do Porto, melhorando com os Anos. Notável o esforço pioneiro deste indivíduo-médio, muito antes dos rants homofóbicos e matricidas de Slim Shady, em explicar à audiência que o hiphop (e o rap) não são um estilo exclusivo da comunidade afro-americana, mas antes a poesia urbana do underdog americano munido apenas da sua vivência, papel e caneta. Não esquecer que o hiphop biográfico na altura ainda não estava no ponto de saturação de hoje em dia.
Começa então o videoclip. Uma autentica pérola (como referido nos comentários dos Gelados Águia) sem duvida, fruto do trabalho árduo de um jovem numa altura em que não havia pro-tools nem movie maker. Apenas podemos imagina-lo sentado na sua garagem para 3 carros dos subúrbios, já madrugada, luz de um candeeiro do Sears, compondo artesanalmente a sua apresentação a um mundo que não o queria ouvir.
As imagens, parecendo tiradas de uma hotline Gay, depictam (neologismo introduzido pelo Mundo Lego) o jovem rapper com vestimentas típicas da transição dos 80’s para os 90’s e uma mullet de fazer inveja aos fãs do house ibérico (o famoso corte “à espanhola” que os frequentadores da noite “Abílio Justo” tanto apreciam).
Os mais sábios reconhecerão o som do clássico Casio CA-100, um teclado de brinquedo, no instrumental deste tema. O rapping é algo desajeitado mas é garantido um desconto após as desculpas iniciais do Homeboy, reconhecendo ele mesmo a falta de qualidade. Apenas para os fãs da lógica “Money doesn’t buy talent”. Os gráficos computorizados abrilhantam o vídeo, e levam-nos a querer que muito suor, dinheiro e mão-de-obra escrava, foram investidos neste vídeo.
No entanto e como foi prometido, o Average Homeboy esteve no estúdio a aperfeiçoar a sua música, e aqui está presente o resultado final:
Infelizmente numa época em que não havia myspace, o Average Homeboy ficou algo esquecido numa cassete de vídeo num sótão qualquer, nunca tendo passado na MTV ou feito parte da banda-sonora de um filme de Stan Lathan.
Graças ao bom gosto do publico, e ao aparecimento de sites como o Youtube, Denny Blaze pode finalmente divulgar convenientemente o seu trabalho e ao fim de 17 lançar o seu tão aguardado álbum.
You’ll just be blazed!
Monday, March 26, 2007
Monday, March 19, 2007
O Gelado do Campo e o Gelado da Cidade
Chega o Verão e com ele a vontade de chupar um gelado fresquinho. Obviamente para o jovem citadino a escolha recairia sobre os óbvios Olá e Nestlé, ou então no Sundae e seus sucedâneos. No entanto, e porque Verão também é sinónimo de férias, aventura e e acima de tudo emoção, as probabilidades de encontrar estas marcas no interior do país são de uns escassos 6,9%. Isto porque o monopólio dos sorvetes por esse Portugal recôndito fora pertence aos Gelados Águia,o gigante que assombra procissões e arraiais.
Num primeiro olhar, é perceptível que os Gelados Águia são uma imitação clara às variedades disponíveis nas marcas mais famosas. O fricone copia o Corneto, o Status parece um Magnum fora do prazo de validade e o Épa é plagiado pelo Zip. É ainda de admirar a inclusão de um tal de “Maxi” que nada ter a ver com o “Super Máxi” da Olá.
No entanto a “Águia” apesar de depender destas “bootlegs” para manter o seu lugar ao sol competitivo mundo dos gelados, apresenta no seu catalogo algumas ideias arrojadas, que obviamente são esquecidas por todos os que apenas querem divertir os seus acompanhantes com a ideia de trocar o E por A no nome do Fricone.
Os mais atentos irão assim notar a existência de gelados extintos da Olá como o Palhaço (aqui Tsuity) e o Epá (Zip) de Morango, e o mais inovador é sem duvida o Recital, o viennetta com pauzinho que pode ser comido em todo lado e não só à mesa do restaurante como antigamente. É ainda este o gelado da marca que traz até à “Águia” essa grande instituição que são os gelados ”posh” com nomes realcionados com musica clássica (quem não se lembra da Taça mozart da olá, e do Copo André Rieu da Camy?).
Cá na redacção o gelado eleito favorito foi o Ringo, não pelo seu sabor mas pelo prático e actual design deste, que decerto fará as delícias (literalmente) de muitas mulheres, e de muitos mais observadores nestes Agosto vindouro :)
O fotógrafo contratado pelo Mundo Lego para conseguir esta foto, arriscou a própria vida, sendo perseguido depois pelo dono do estabelecimento armado da tradicional caçadeira afunilada.
Num primeiro olhar, é perceptível que os Gelados Águia são uma imitação clara às variedades disponíveis nas marcas mais famosas. O fricone copia o Corneto, o Status parece um Magnum fora do prazo de validade e o Épa é plagiado pelo Zip. É ainda de admirar a inclusão de um tal de “Maxi” que nada ter a ver com o “Super Máxi” da Olá.
No entanto a “Águia” apesar de depender destas “bootlegs” para manter o seu lugar ao sol competitivo mundo dos gelados, apresenta no seu catalogo algumas ideias arrojadas, que obviamente são esquecidas por todos os que apenas querem divertir os seus acompanhantes com a ideia de trocar o E por A no nome do Fricone.
Os mais atentos irão assim notar a existência de gelados extintos da Olá como o Palhaço (aqui Tsuity) e o Epá (Zip) de Morango, e o mais inovador é sem duvida o Recital, o viennetta com pauzinho que pode ser comido em todo lado e não só à mesa do restaurante como antigamente. É ainda este o gelado da marca que traz até à “Águia” essa grande instituição que são os gelados ”posh” com nomes realcionados com musica clássica (quem não se lembra da Taça mozart da olá, e do Copo André Rieu da Camy?).
Cá na redacção o gelado eleito favorito foi o Ringo, não pelo seu sabor mas pelo prático e actual design deste, que decerto fará as delícias (literalmente) de muitas mulheres, e de muitos mais observadores nestes Agosto vindouro :)
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